segunda-feira, 20 de maio de 2013

(052) 2009 - Viagem à Patagônia e à Terra do Fogo - CHILE: PASSEIO EM PUCÓN (VULCÃO VILLARRICA E CUEVA VOLCÁNICA)

32º DIA – 09.11.2009 – 2ª feira
(CHILE: Pucón)

Hoje foi espetacular! Tivemos o melhor café-da-manhã da viagem. Um buffet montado de forma mais parecida com a que vemos nos hotéis no Brasil. A vista do Lago Villarrica também coroou tudo.


Visitamos a principal atração da cidade, o Vulcão Villarrica. Antes de irmos ao vulcão, visitamos o lugar chamado de Cueva Volcánica (www.cuevasvolcanicas.cl), uma caverna formada pela passagem das lavas de uma das erupções ocorridas há muitíssimo tempo.

As erupções mais críticas foram as de 1982 e 1994. Ano passado ele também entrou em erupção. Esse é o mais ativo dos vulcões chilenos.

Quando saímos do hotel o tempo estava nublado. Começamos a subir para a Cueva Volcánica por uma estrada de terra bem escura, característica de solo vulcânico. Observamos que do nosso lado direito havia uma vala bem larga, mas não sabíamos o que era.

Quando chegamos à cueva havia muita neve no chão, e nem tínhamos subido tanto. Estávamos a apenas 1.000 m de altitude.

Estava congelante, nevando e nublado. Parecia que tínhamos entrado numa câmara de tele-transporte e rapidamente passado para um lugar muito frio.

No caminho até lá a coisa ficou tão feia, com a neve tão alta, que eu comecei a pedir ao Marcio para voltar e descer a serra. O meu medo era de o carro escorregar e ficar sem controle.

Caminho para a Cueva Volcánica – Pucón - Chile

Até na sinalização havia neve acumulada – Pucón - Chile

Olha a quantidade de neve! Nem parece que estamos em novembro. Pucón - Chile

Quando chegamos ao local, encontramos um grupo de idosos, com idade média de 70 anos. Falavam alemão e inglês da Inglaterra.

Lá havia algo parecido com um bar/café, onde compramos o ticket para a visitação. Pagamos CH$ 15.000,00/pessoa (US$ 28,85/R$ 57,69).

O grupo de velhinhos tinha feito, a pé, o trecho de 11 km que fizemos de carro. Surpreendente a disposição deles! Situação impensável para o idoso brasileiro.

Turma de idosos se aquecendo no bar/café da Cueva Volcánica – Pucon - Chile

Até chegarmos ao ponto de visitação, não tínhamos idéia do que íamos ver. Eu pensava que seria uma caverna, mas era o trajeto da lava durante a erupção do Vulcão Villarrica. Incrível! É uma vala larga, igual a que vimos da estrada. A lava quente destrói tudo e não sobra nada no caminho.

Nossa guia chamava-se Soledade, e com ela obtivemos todas as informações sobre vulcões, erupções e lavas, além da capacidade destrutiva deles.

Fotos ilustrativas da formação dos vulcões – Cueva Volcánica – Pucón - Chile

Os meses de maior atividade vulcânica aqui são novembro e dezembro. Imagina uma erupção agora!

Erupção do Villarrica em 1984 – Pucón - Chile

Uma empresa privada mantém o lugar, e para isso tem concessão permanente da terra.

Visitamos 500 m da caverna. Ela possui três salões: o Catedral, o Chocolate e o do Puma, tudo formado por lavas petrificadas. Muito interessante!

Salão do Puma – Cueva Volcánica – Pucón - Chile

Quando voltamos à superfície, já vimos, pela boca da caverna, que havíamos sido premiados com o céu azul e o sol. Era outro planeta de novo. Muito lindo! Com o sol, a neve tem outro brilho.

Quando entramos, nevava e o céu estava nublado. Na saída, céu azul. Pucón – Chile

Com o tempo mais limpo, vimos o vulcão inteiro. Coisa rara, uma vez que o clima muda rapidamente. Foi um show!

Nós e o Vulcão Villarrica ao fundo – Pucón - Chile

Marcio fazendo malabarismo na neve – Pucón - Chile

Fomos até a vala que foi aberta pelas lavas em uma das erupções.

Passarela sobre o canal aberto pelas lavas – Pucón - Chile

Pela nevasca que estava caindo antes de entrarmos na caverna, pensei que ao voltarmos encontraríamos o carro soterrado. Ainda bem que me enganei.

Céu azul, mas estava frio e tudo branco de neve – Cueva Volcánica – Pucón - Chile

O Vulcão Villarrica tomou conta do carro direitinho.
O trator tinha passado e limpado a neve da estrada. Por isso, a volta estava muito mais tranqüila que a ida.
Paramos para almoçar nossos sanduíches, mas não pudemos descer do carro, pois uns cachorros apareceram latindo e ficamos com medo. É animal dos moradores da região.
Depois de comermos, seguimos mais 8 km em direção ao topo do vulcão. A neve piorou e fiquei com mais medo ainda. O Marcio a toda hora me mandava parar de pentelhar. Eu já estava para descer do carro e ir a pé.
Seguimos até a estação de esqui, descemos do carro e, de novo, mais cachorro apareceu.
Começamos a correr de volta ao carro. Eu me estabaquei na neve, junto com a câmera fotográfica. O pior é que ela estava com a lente toda para fora, pois eu estava tirando foto da estação de esqui quando tudo aconteceu.
Foi cômico para não dizer trágico. Estou escrevendo e rindo. Foi muito engraçado! Com a mesma rapidez com a qual eu caí, me levantei. Quando eu gritei para o Marcio que tinha caído, ele olhou e já me viu de pé e correndo. A sorte é que os cachorros só fizeram barulho e voltaram.
O saldo da queda foi o meu joelho, que já vinha doendo e piorou muito. Com a câmera, nada aconteceu.

Que mundão branco! Muito frio e neve. Foi nesse ambiente que tivemos que correr do cachorro. Pucón - Chile

Nesse trecho onde estávamos o trator não tinha passado, e a coisa estava russa.

Com o volume de neve, em alguns trechos a barriga do carro ia arrastando – Pucón - Chile

A sorte foi o piloto e o carro serem bons e darem conta do recado. Fazer trilha na neve, quando não tem gelo, é semelhante às que fazemos. O duro é se convencer disso.
Voltamos para Pucón e passeamos um pouco pelas lojas. Aqui é bem turístico. Vimos muitos europeus por onde andamos, principalmente alemães.
Achei as pílulas de lactase que tanto procurei na Argentina. Estava um pouco mais em conta do que no Brasil, onde só existem em farmácias de manipulação. Aqui é como nos EUA, que existe industrializada e para pronta-entrega.
O meu joelho estava danado doendo. Mesmo mancando, resisti e seguimos passeando.
Jantamos, como de costume, por volta das 21 h da “tarde”. Comemos num restaurante indicado pela guia Soledade, em frente ao de onde jantamos ontem, na esquina da O’Higgins com a Fresia, o Restaurante Trawen. A recomendação foi por causa da comida orgânica que é servida lá.

Salão do Restaurante Trawen – Pucón - Chile

Comemos muito bem. O lugar é bem transado.
Voltamos para o hotel, fiz uma compressa com água gelada da torneira e consegui dormir antes das 23 h.
Amanhã deixaremos novamente o Chile e vamos para a cidade de Neuquén, na Argentina, terra do vinho e do dinossauro.

Acréscimos do Marcio

De fato, nosso dia hoje foi emocionante. Começou com a mudança quase que repentina na paisagem, quando fomos para a Cueva Volcánica, distante menos de 10 km do centro de Pucón.
Quando saímos do hotel, o tempo estava um pouco nublado e com o frio com o qual já havíamos nos habituado.
Na entrada do Parque Nacional Villarrica, no qual estão situados a cueva e o vulcão, o guarda-parque nem quis nos cobrar o ingresso, dizendo que não achava justo fazê-lo, uma vez que por causa do tempo não aproveitaríamos plenamente o local. Perguntou-nos se o carro era 4x4, já que somente veículos assim conseguiriam percorrer os caminhos naquele dia.
Entramos e optamos por visitar primeiro a Cueva Volcánica, pois se tratava de uma atração subterrânea e que não dependia do tempo. Torceríamos para que as nuvens se dissipassem, para o cume do Vulcão Villarrica ficar visível.
Para lá seguimos. Após uns 2 km, a estrada começou a ficar cada vez mais branca com a neve que caía. Até as placas sinalizadoras continham neve acumulada sobre elas.
Em uma das paradas para fotos, a Clênia avistou pegadas de pessoas na neve. Ficamos imaginando quem já teria passado por ali, a pé, com aquele tempo horrível (mas que estava nos proporcionando uma paisagem lindíssima).
Quando chegamos, descobrimos de quem eram as pegadas. Eram de uns 15 idosos – todos europeus -- que estavam fazendo trekking por aquelas bandas. Haviam subido uns 11 km naquelas condições climáticas. Incrível!
Após a visitação, quando paramos num platô para almoçar nossos sanduíches, apareceram dois cachorros (perros, em espanhol) que ficaram latindo desesperadamente em nossas janelas. Acho que sentiram o cheiro de comida. Logo cansaram e se afastaram.
Depois desse fantástico almoço a bordo, seguimos pela estrada que levava ao cume do vulcão. A neve voltou a ficar intensa na pista.
Pouco adiante havia uma placa informando sobre aluguel de correntes para pneus e de roupas para neve. Passamos direto.
Desse ponto em diante a coisa ficou ainda mais russa, com a neve tão alta que arrastava no fundo do carro. Estávamos andando com tração nas 4 rodas e com reduzida.
De repente chegamos ao local da estação de esqui, de onde saía o teleférico. Tudo estava fechado, pois não acreditaram que em pleno mês de novembro ainda estaria fazendo um tempo daquele.
Como a partir dali não dava mais para distinguir onde era o caminho do carro, pois tudo estava tomado por neve, resolvemos manobrar e voltar.
Antes de iniciar a volta, descemos do carro e tirar algumas fotos. Foi aí que aconteceu a cena mais engraçada da viagem até o momento.
Estava eu apreciando a paisagem, enquanto a Clênia se divertia tirando fotos. De repente ouvimos um latido de cachorro, frenético e se aproximando.
Já correndo em direção ao carro, ouvi a Clênia gritar que havia caído. Não demorei 1 segundo para olhar para trás, e lá estava ela, já de pé e correndo com a câmera fotográfica na mão, com o braço estendido para cima como se fosse a Estátua da Liberdade. Foi hilário! Acho que ela não caiu, mas quicou na neve. Rimos até quase mijar nas calças.
E o cachorro que causou tudo isso? Pois é, ninguém viu o animal até agora. Mas serviu para darmos boas risadas.
No Restaurante Trawen, onde jantamos por sugestão da nossa guia Soledade, comi um peito de frango com purê de maçã. Estavam uma delícia. O frango foi servido grelhado e dourado em algo um pouco adocicado, coberto por algum tipo de cereal. Delícia!
O ambiente era super aconchegante, todo em madeira, com aquecimento e com rede de Wi-Fi grátis, como em praticamente 100% dos lugares no Chile e na Argentina.
Amanhã partiremos para uma das regiões de vinícolas na Argentina, Neuquén.

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